Professores do Qualificar ES Presencial ensinam a distância para alunos durante quarentena
Ao todo, 4.201 alunos foram afetados com o isolamento social.
Conforme anúncio do governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, no dia 16 de março, referente ao Decreto 4597-R, que instituiu o Estado de Emergência em Saúde Pública decorrente da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) determinou a suspensão das aulas presenciais do Programa Qualificar ES.
A decisão afetou 4.201 alunos que estudam os cursos gratuitos da primeira oferta de vagas do Programa em 2020. Ao todo, 43 cursos estavam em andamento. Sílvio Renato Barbosa é professor dos cursos de “Rotinas Administrativas”, “Recepcionista” e “Segurança do Trabalho” e encontrou uma maneira de ensinar seus alunos os ofícios sem romper o isolamento social.
“Tenho aproximadamente 30 alunos. Estamos utilizando as ferramentas on-line e enviando links de filmes para eles assistirem. Também envio sempre mensagens nos grupos de Whatsapp para motivá-los e não perder o contato”, contou Sílvio Renato Barbosa.
O professor também comentou o que o motivou a manter as aulas, mesmo que a distância: “O que nos levou a fazer essas atividades com os alunos foi exatamente sair um pouco da mesmice da quarentena. Nós enviamos a programação das atividades com antecedência e, desde então, venho ministrando minhas aulas de forma digital. Os alunos gostaram bastante e tiveram participação ativa. Inclusive eu abri os links das aulas para que os alunos das três turmas, que quisessem, participassem”, explicou o professor Silvio.
Outra professora que aderiu à tecnologia para lecionar foi Kenya Cristina Souza, que dá aula nos cursos de “Bolos e Suas Variações” e “Preparação de Salgados” no Qualificar ES Mulher. A professora tem 90 alunas e contou que “as estudantes sentem a distância, porém estão empenhadas em produzir. Já trabalho sobre empreendedorismo em meus cursos e, dessa forma, as alunas estão vendo como oportunidade produzir e vender, mesmo que seja por entrega domiciliar”.
Eliziete Silva Bispo Maia, de 37 anos, é aluna da professora Kenya e reside em Braço do Rio, distrito de Conceição da Barra, região norte do Estado. Ela faz o curso de “Preparação de Salgados” e aprovou a iniciativa da professora. “Esse período da quarentena serviu muito para colocarmos em prática o que já tinha sido passado. E as aulas on-line tem enriquecido muito. A gente tem feito bastante receitas. A professora Kenya nos envia as receitas e manda fotos de todo o passo a passo. Depois mostramos o resultado final para ela por foto também. Tudo pelo nosso grupo de whatsapp. Já estou até com algumas encomendas!”, disse a aluna.
A professora dos cursos de “Maquiagem” e “Decoração de Festas”, Karla Chagas Cruz, também manteve aulas on-line com seus 45 alunos. Ela mudou sua rotina de trabalho para agregar conhecimento aos cursistas a distância. “Um dia antes eu preparo um formulário interativo de recapitulação de tudo o que aprendemos por módulos. Envio para os alunos e eles respondem e no dia da aula. Eu corrijo e esclareço as dúvidas. Tudo virtualmente. A partir de agora daremos início há novos aprendizados com perguntas, exemplos e mini vídeos explicativos. Darei aulas interativas com perguntas e respostas online, ao vivo”, destaca Karla Chagas Cruz.
Para a Gerente de Educação Profissional da Secti, Renata Resstel, é importante essas ações para manter os alunos envolvidos com os estudos: “É fundamental incentivarmos nossos alunos com todos os tipos de interação tecnológica possíveis e dentro da realidade de cada comunidade. Nossa missão é inspirá-los a se dedicar aos estudos. A tecnologia está cada vez mais presente em nosso cotidiano, e os recursos existentes nessa área podem ser aproveitados não apenas durante as aulas, mas também como forma de estimular a retenção do conteúdo em casa”, afirmou.
Texto: Samantha Nepomuceno
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