O evento reuniu cerca de 200 pessoas, debatendo iniciativas de inovação nos setores acadêmicos, de produção, governo e sociedade civil.

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) recebeu, na manhã desta quinta-feira (05), o evento “Make Together: Integrando o Ecossistema Capixaba de Inovação”, do projeto “Teias da Inovação MCTIC”. O evento foi uma parceria entre a Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti) e a Universidade Federal do Estado do Espírito Santo (Ufes), e reuniu cerca de 200 pessoas, entre empresários, universitários e pessoas ligadas à inovação capixaba para debater temas relacionados à ciência, inovação e tecnologia. 

A vice-governadora do Estado, Jaqueline Moraes, prestigiou o evento e discursou sobre a importância da iniciativa: “A promoção deste evento, que traz o tema inovação e promove a integração é muito importante. A transferência de saberes entre a academia, o setor produtivo, governo e a sociedade é de extrema relevância”, afirmou.

Jaqueline Moraes falou sobre a Lei Complementar nº 929, de novembro de 2019, que tem como objetivo permitir ao Estado realizar a contratação de startups. “A gente fica muito feliz de saber que o nosso governo tem uma lei pioneira no Brasil e que facilita justamente a contratação dessas ideias inovadoras, inclusive pelo próprio governo, e o melhor, de forma simplificada”, destacou a vice-governadora.

Ela acrescentou, ainda, em seu discurso: “Mas o que tenho falado com muita alegria é que a nossa necessidade, de cada vez mais pensarmos em criar conteúdos que atendam, verdadeiramente, à necessidade das pessoas que estão na base da sociedade ou pessoas como eu, que venho dos movimentos sociais e que represento esses movimentos, está sendo atendida por meio do trabalho que a academia está desenvolvendo, como este evento. Então, por isso, estão todos de parabéns pela iniciativa”, salientou Jaqueline Moraes.  

Também na abertura do evento, o reitor da Ufes, professor Reinaldo Centoducatte, destacou a importância de o governo criar um ambiente para diálogo entre a academia, o setor produtivo e a sociedade. "Há muita produção de conhecimento feita na Universidade, que pode ser transformada em algo útil para a sociedade. Temos exemplos em várias áreas, como as da Fisiologia,  Infectologia, Robótica e Automação, entre tantas outras", afirmou.

O diretor de Ecossistemas Inovadores do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Otávio Caixeta, palestrou sobre as ações de apoio ao empreendedorismo e a inovação do Governo Federal, além de como a cidade de Vitória entrou no radar de inovação brasileira.

“Vitória tem uma comunidade de inovação vibrante, inclusive vocês estão bastante avançados em temas regulatórios. Tem um grande sucesso que foi a publicação da Lei nº 929/2019, para contratação de startups, que foi a primeira do País, e é algo que nós estamos olhando em nível federal. Mas a verdade é que Vitória tem ecossistema de inovação com bastante potencial. Tem um setor de academia muito desenvolvido e forte e também grandes indústrias instaladas. Temos todos os ingredientes para um ecossistema de inovação fortíssimo”, destacou Caixeta.

A secretária de Estado da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Cristina Engel, comentou sobre a organização dos atores do movimento capixaba para inovação em trazer o evento para Vitória. “Essa organização é um fator muito importante para as interações entre as pessoas, com necessário diálogo e ajuda mútua entre todos os atores envolvidos. Nós acreditamos que a vinda desse evento contribui para ser mais um momento de integração entre as diversas entidades que fazem inovação aqui no Espírito Santo”, afirmou.

“Temos uma preocupação muito forte de que a inovação seja de fato um instrumento para busca da redução das diferenças sociais. Então, não é só buscar inovação pela geração de nota fiscal, que também é um fator importante, mas também buscar fazer com que todos tenham acesso às benfeitorias que a inovação pode propiciar”, declarou Cristina Engel.

Francisco Ramaldes, jornalista e coordenador da Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX-ES), participou do evento e contou como as palestras vão ajudar em seu trabalho. “Estamos trabalhando com um projeto que qualifica empresas para a exportação, e a exportação de tecnologia e de serviço é um desafio. Exportar, de um modo geral, já é um desafio que precisa ser enfrentado. Quando você vai trabalhar exportação de tecnologia ou serviço, é um desafio maior porque não é um produto palpável. Então, sempre traz contribuições para refletir melhor em como a equipe do programa pode vir atuar com esse tipo de produto”, falou Ramaldes.

Texto: Samantha Nepomuceno 

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